A frota da cidade do Rio de Janeiro saltou de 980 mil veículos, em 1994, para 2,4 milhões de automóveis em 2010 (quase um veículo a cada três habitantes). Enquanto a população carioca cresceu 16% no mesmo período, a frota disparou 144%. E a previsão é que esse índice cresça ainda mais. Em 2016, ano em que o Rio sediará a Olimpíada, a capital deve alcançar a proporção um carro para cada dois cariocas, segundo pesquisa de mobilidade urbana da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).Leia também: Prejuízo com trânsito no Rio chegará a R$ 34 bi em 2016Mantido o crescimento médio de 4% dos últimos nove anos, a frota chegará a 2.963.520 veículos em 2016. Veja infografia abaixo sobre o aumento do número de carros no Rio. Essa escalada pode aproximar o sistema de transporte da cidade a um colapso, segundo aponta Sérgio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela USP (Universidade de São Paulo).
- A cidade do Rio de Janeiro tem 6 milhões de habitantes e 2 milhões de veículos. Se está ruim, vai ficar pior em pouquíssimo tempo. Por conta das condições econômicas, essa taxa vai subir rapidamente para dois habitantes por veículo. Isso significa que vai aumentar em 50% a frota em pouco tempo. Basta manter essa confluência econômica de crédito.
Ponte Rio-Niterói engarrafada nos horários pico e feriados prolongados
Os grandes congestionamentos, além dos prejuízos econômicos e sociais, limitam o direito de ir e vir, previsto na Constituição brasileira. Segundo Ejzenberg, 80% dos deslocamentos são feitos por motivos relacionados a trabalho ou estudo, o que por si só já indicam que há um horário pré-determinado para se chegar ao escritório ou à escola.- Todo mundo na mesma hora e no mesmo lugar, não tem como.
Ou seja, se não houver políticas que incentivem a utilização de transportes de massa nos horários em que há grandes engarrafamentos – para que se possa retirar carros de circulação –, as enormes filas de carros serão realidades constantes do Rio.
Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial e investimentos da Firjan, defende a existência de um órgão que agregue todas as estatísticas de trânsito, o que criaria condições para que os governos formulassem políticas mais adequadas a toda população.
Aprendizado
A preocupação por conta dos transtornos que o carioca – e os turistas – podem ter durante a Copa do Mundo e a Olimpíada de 2016 faz sentido. No dia da estreia do Brasil contra a Coreia do Sul na Copa do Mundo da África do Sul, o Rio de Janeiro, literalmente, parou. Todos saíram de escritórios e colégios ao mesmo tempo, a tempo de ver o jogo da seleção brasileira.Confira tambémMetrô do Rio se expande sem criar malha para Olimpíada Metrô do Rio tem a tarifa mais cara do país Investimentos para Olimpíada não vão beneficiar todas as regiões Rio tem 19 roubos em transporte coletivo O diretor de Desenvolvimento da CET-Rio, Ricardo Lemos, diz que a experiência trouxe aprendizados, mas a cidade está continuamente trabalhando para aprimorar as operações relacionadas aos movimentos sazonais por conta de jogos de futebol e shows.
- Cada vez mais temos condições de prever onde serão os pontos de engarrafamento da cidade. A mobilização esperada é grande para a Copa do Mundo. Esse deslocamento em peso em determinado horário está sendo discutido e estamos nos preparando para isso. A Copa do Mundo vai exigir uma comunicação preventiva com a população, para que não só possamos nos planejar melhor, mas a população também possa se planejarA preocupação por conta dos transtornos que o carioca – e os turistas – podem ter durante a Copa do Mundo e a Olimpíada de 2016 faz sentido. No dia da estreia do Brasil contra a Coreia do Sul na Copa do Mundo da África do Sul, o Rio de Janeiro, literalmente, parou. Todos saíram de escritórios e colégios ao mesmo tempo, a tempo de ver o jogo da seleção brasileira.Confira tambémMetrô do Rio se expande sem criar malha para Olimpíada Metrô do Rio tem a tarifa mais cara do país Investimentos para Olimpíada não vão beneficiar todas as regiões Rio tem 19 roubos em transporte coletivo O diretor de Desenvolvimento da CET-Rio, Ricardo Lemos, diz que a experiência trouxe aprendizados, mas a cidade está continuamente trabalhando para aprimorar as operações relacionadas aos movimentos sazonais por conta de jogos de futebol e shows.
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