EPTV
SÃO PAULO - O laudo do tacógrafo da carreta que atropelou seis trabalhadopres e matou cinco deles na pista norte da Rodovia Anhanguera, em Ribeirão Preto, a 319 km de São Paulo, apontou que o motorista dormia no momento do acidente, ocorrido em 20 de setembro. A afirmação é do delegado do 4º Distrito Policial Carlos Henrique Araújo Garcia, que recebeu o documento na tarde desta segunda-feira. As informações são do site daEPTV.
Segundo o delegado, o resultado mostrou que o caminhão trafegava dentro da velocidade permitida no trecho, que é de 60 km/h.
- No momento exato do acidente, o tacógrafo revelou que o caminhão transitava entre 38 km/h e 54 km/h - afirma.
Ainda, de acordo com ele, o tacógrafo foi instalado no caminhão em nome de Marco Aurélio Quintino, de 42 anos, no dia 18 de setembro, às 8h - dois dias antes do ocorrido. O equipamento começou registrar a velocidade no dia 19, porém sem movimentação significativa.
- A partir das 15h10m, que o caminhão começou a se movimentar em paradas curtas. Consta que o motorista seguiu viagem até as 8h37m do dia seguinte, quando o equipamento travou. Isso significa que ele viajou, por pelo menos, 17 horas sem parar - declara Garcia.
Durante esse período extenso de viagem, o documento revelou que o pico de velocidade atingida pelo motorista foi de 100 km/h e que houve uma parada de apenas 40 minutos, entre as 4h40 e 5h20, do dia 20 de setembro.
Outra revelação apontada pelo laudo é que o freio da carreta estava funcionando normalmente, uma vez que o motorista o utilizou antes de começar a descida, onde ocorreu o acidente.
- Tudo nos leva a crer, que antes do ocorrido, o motorista trafegava pela pista da esquerda e foi indo para a pista da direita – que estava sinalizada e onde estavam os trabalhadores – e, só depois de bater contra uma das máquinas ele acordou e acabou puxando ainda mais para a direita. Com isso, bateu na defensa e, em seguida, atropelou as vítimas.
O motorista responde, em liberdade, pelo crime de homicídio com dolo eventual.
- Ele admitiu ter usado medicamento proibido, com isso, assumiu o risco de causar o acidente. Além do que, o motorista não teve mal súbito e nem teve algo que tenha provocado o acidente, o que prova sua desatenção - informa o delegado.
Quintino chegou ser preso no dia do acidente, e ficou no Centro de Detenção Provisório (CDP) de Ribeirão Preto até o dia 23 de setembro.
A carreta, que estava carregada com rolos de fios de aço, atropelou os trabalhadores da Leão Engenharia, que faziam o recapeamento da rodovia. Ronaldo Sérgio Bolignano, Flávio Roberto Vieira, José Antônio de Souza, Adilson Nunes de Avelar e Alcebíades de Lima Neto morreram no local.
Luciano Nunes Costa, de 38 anos, foi socorrido em estado grave pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital das Clínicas Unidade de Emergência. Ele teve alta, no dia 4 de outubro.
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