Professor I.E. Sarah Kubitschek denuncia descaso empresas de ônibus com estudantes em Campo Grande
As viagens dos estudantes do I.E. Sarah Kubitschek, em Campo Grande, na zona oeste do Rio e dos demais estudantes da região não são nada fáceis. O trajeto residência-escola-residência sofre com o descaso das empresas de ônibus. Estudantes relataram na pesquisa sobre o transporte público que será apresentada em 31 Outubro de 2012 no maior Congresso de ensino em transporte do país - ANPET 2012 - o artigo "VIAGENS DOS ESTUDANTES DO CURSO NORMAL ATRAVÉS DO TRANSPORTE PÚBLICO: CASO DO I.E. SARAH KUBITSCHEK" do professor de geografia Francisco Gomes Júnior, que ocorrerá de 28 outubro a 1 novembro na UFSC. http://www.xxvianpet.org.br/programacao/
Na pesquisa os estudantes relataram as dificuldades na simples viagem de ônibus, que é o modo de transporte mais utilizado com 87% dos estudantes entrevistados. E foi justamente neste modo de transporte que a equipe do RJTV esteve nos dias 09 e 10 outubro, na estr. do Campinho, em frente ao Craque do Pão em Campo Grande (principal ponto de ônibus dos estudantes do IESK). Estudantes do Instituto de educação aparecem na matéria e denunciam os abusos. Veja no vídeo abaixo:
Matéria RJTV de 09 Outubro de 2012.
DESFECHO DA DENÚNCIA:
10/10/2012 20h28
- Atualizado em
10/10/2012 20h28
Empresa de ônibus que ignorou alunos da rede pública é multada
Secretaria de Transportes aplicou multa de R$ 20 mil em concessionária.
RJTV flagrou alunos sendo ignorados nos pontos de ônibus nesta terça (9).
Apesar dos estudantes da rede pública terem o direito garantido por
lei à gratuidade nos ônibus da cidade, muitos motoristas ignoram a
presença deles nos pontos. A equipe do RJTV esteve nas ruas, na
terça-feira (9), e flagrou a situação dos alunos, que tinham que ir para
o meio da rua para chamar a atenção dos condutores. No fim da tarde
desta quarta-feira (10), o Secretário de Transportes aplicou uma multa
de R$ 20 mil contra o consórcio que cometeu a irregularidade.
Também nesta quarta, a equipe do jornal saiu novamente às ruas em busca
de fiscalização. Desta vez, não foi preciso nem fazer sinal. Os
estudantes estavam no ponto e os ônibus parando para todos. A cena rara
só foi possível porque a fiscalização estava presente e os motoristas
não escondiam isso.
"Hoje está [todo mundo parando]. Vai dar mole”, disse um dos alunos.
Neste mesmo ponto de ônibus a situação era bem diferente nesta terça,
onde os estudantes precisavam ir para o meio da rua para chamar a
atenção dos condutores que, mesmo assim, não paravam.
Onde não há fiscais, a situação permanece a mesma. No ponto próximo da comunidade da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro,
os estudantes Daniel e Mariana, que são surdos e mudos, esperavam há
mais de uma hora no ponto de ônibus, comprometendo o horário das aulas.
As empresas transportam os estudantes de graça mas recebem do estado
pelo serviço, o que totaliza R$ 115 milhões por ano. O contrato inclui o
controle eletrônico de frequência dos alunos. O Rio Card tem que ser
passado também em máquinas nas escolas que registram a presença. A
Secretaria Municipal de Transportes diz que tem 300 agentes para
fiscalizar 8,7 mil ônibus na cidade. Quem não para no ponto pode ser
multado em R$ 182.
Segundo a secretaria, o contrato de concessão prevê penalidades mais
pesadas para empresas que desrespeitam os estudantes. O RJTV pediu uma
cópia do documento, que é público, mas o órgão não forneceu.
De acordo com o documento, o consórcio Santa Cruz Transportes
descumpriu uma das cláusulas do contrato e tem cinco dias para se
defender. Enquanto crianças ficam no ponto, o estudo também tem que
esperar. “Já perdi prova de português e tive que ir para recuperação”
disse um dos alunos que aguardava no ponto.